Autoestima para homossexuais de Kimeron N. Hardin

Autoestima para homossexuais foi escrito pelo psicólogo com doutorado em psicologia Kimeron N. Hardin especialmente para ajudar a população LGBT.

Ficha Técnica – Autoestima para homossexuais

Autor: HARDIN, Kimeron N.
Título: Auto-Estima Para Homossexuais
Edição: 1°
Local de Publicação: São Paulo
Editora: Edições GLS
Gênero: Didático / Ensaio
Ano: 2000
Número de Páginas: 245

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Sobre o livro

Em sua primeira obra, o Dr. Kimeron N. Hardin, apresenta um apanhado de sua larga experiência como psicólogo e como homossexual com o intuito de ajudar outros homossexuais a enfrentar e superar os muitos obstáculos que se apresentam para pessoas dessa sexualidade desde muito cedo.

São catorze capítulos agrupados em três partes complementares, nas quais Hardin explica os principais pontos da construção da autoestima do indivíduo homossexual, as escolhas que são feitas à partir disso e finaliza com sugestões práticas de exercícios que podem ser efetuados para mudar a, muitas vezes, deturpada autoimagem que o homossexual constrói de si mesmo.

Apesar de seu caráter bastante explicativo e didático, o texto não deixa de apresentar características da autoajuda, portanto é importante o leitor estar aberto a esse tipo de linguagem. Para quem se permitir conhecer a obra, ela traz bastante conteúdo relevante para o autoconhecimento e análise de si mesmo e do ambiente em que vivemos.

Ao final de cada capítulo, o autor apresenta uma série de questões para reflexão, todas elas relacionadas com o tema do capítulo, dessa forma o leitor também é influenciado a ver sua própria situação no momento da leitura.

Este é um livro altamente recomendável para quem conhecer um pouco melhor seus medos e anseios. Aproveite para ter mais esta obra em sua estante de obras com temática gay.

Citações selecionadas de Autoestima para homossexuais

“Se a maior parte das suas experiências de vida foi positiva e o único tipo de retorno que você recebeu a seu respeito foi favorável, você provavelmente terá um conceito elevado de si mesmo. Se, pelo contrário, as suas experiências de vida foram principalmente negativas, sua identidade será baseada em sentimentos de desvalorização, incapacidade ou, em alguns casos, até de maldade.” (HARDIN, 2000, p. 17).

“Alguns psicólogos infantis acreditam que os primeiros anos são os mais importantes na formação da sua posterior visão do mundo e de si mesmo. Infelizmente, uma criança não nasce com a habilidade de discernir as informações imprecisas ou distorcidas a seu respeito e forma as opiniões sobre si mesma baseada nessas informações refletidas pelo meio.” (HARDIN, 2000, p. 19).

“A sua autoestima influencia todos os aspectos da sua vida atual – amorosa, profissional, espiritual e recreativa. Ela afeta o modo como você enxerga o seu corpo e o seu rosto no espelho, a sua capacidade de se socializar numa festa, suas opções de namoro e a sua possibilidade de ser promovido no trabalho.” (HARDIN, 2000, p. 19).

“Todo mundo comete erros de vez em quando, mas as pessoas com uma boa autoestima parecem ser capazes de se refazer mais rápido, de sacudir a poeira e dar a volta por cima!” (HARDIN, 2000, p. 20).

“O tratamento, chamado de terapia comportamental cognitiva, foi aplicado com sucesso a muitos comportamentos problemáticos, incluindo a baixa autoestima. Esta terapia lida com a capacidade de reconhecer e substituir as mensagens negativas que você dá a si mesmo, substituindo-as por outros mais saudáveis.” (HARDIN, 2000, p. 20).

“Os gays e as lésbicas, no entanto, precisam não apenas identificar as cognições geradas por antigas mensagens, mas também aprender a resistir às mensagens negativas insistentemente presentes na nossa cultura diária.” (HARDIN, 2000, p. 22).

“A premissa básica da terapia comportamental cognitiva é simples. Pensamentos negativos geram emoções desconfortáveis, que, por sua vez, geram comportamentos ineficientes ou autodestrutivos. Para melhorar a sua eficiência no mundo ou reduzir as suas sensações de insegurança, medo, preocupação ou desolação, você precisa aprender a identificar o pensamento negativo, avaliar a sua validade e, se necessário, substitui-lo por um pensamento mais realista ou saudável.” (HARDIN, 2000, p. 22).

Figura 1: Estrutura da cognição e da profundidade da percepção.

“Esses pensamentos [automáticos] situam-se logo abaixo da superfície de sua consciência normal, enviando e confirmando mensagens ao seu respeito. Se a sua autoestima é baixa, há grandes chances de a maioria dos seus pensamentos automáticos ser negativa, fazendo com que você se culpe imediatamente na maioria das situações negativas que vive e incline-se também a interpretar até mesmo situações ambíguas de maneira negativa.” (HARDIN, 2000, p. 23).

“Como essas mensagens negativas [vindas dos pensamentos automáticos], também conhecidas como diálogo interior negativo, são automáticas, substitui-las por mensagens positivas exige um certo esforço. Esse processo, contudo, é essencial para melhorar sua autoestima.” (HARDIN, 2000, p. 23).

“Fazer um julgamento emocional […], antes de obter as informações adequadas, é emocionalmente ineficaz e potencialmente inibidor para a tomada de decisões razoáveis.” (HARDIN, 2000, p. 24).

“Crenças condicionais são pressuposições e regras segunda as quais você vive a sua vida. Essas crenças ajudam-no a sobreviver e, como a maior parte das outras crenças, são formadas no início da sua infância. […] Elas podem ser tão profundas a ponto de você nunca tê-las articulado, nem sequer para si mesmo; ainda assim, elas são frequentemente sentidas como verdades absolutas.” (HARDIN, 2000, p. 24).

“A pessoa deprimida tende a focar a sua atenção quase exclusivamente na informação que confirma a sua crença essencial negativa, filtrando qualquer evidência positiva em contrário.” (HARDIN, 2000, p. 25).

“[As crenças essenciais são lentes pelas quais vemos o mundo, isso] ajuda a compreender o motivo pelo qual você mantém as velhas crenças distorcidas que você sabe, pela lógica, não ser verdadeiras.” (HARDIN, 2000, p. 25).

“As crenças essenciais tendem a ser rígidas e podem influenciar as crenças condicionais com as quais você convive, que, por sua vez, influenciam os seus pensamentos automáticos.” (HARDIN, 2000, p. 25).

“Pode ser difícil reconhecer e desafiar os antigos modos de pensar. Essa batalha torna-se ainda mais dura quando você continua a ouvir mensagens negativas e distorcidas regularmente. Cada vez que fica sabendo de uma surra aplicada em um gay, ou vê uma piada homofóbica ou vê um anúncio heterocêntrico, você recebe mensagens diretas ou indiretas que sugerem que você é inferior, defeituoso, mau ou sem valor.” (HARDIN, 2000, p. 30).

“[É necessário mapearmos nossos diálogos internos e como eles nos influencia, pois] Compreendendo estas influências de maneira mais completa, será mais fácil avaliar seu diálogo interior mais apuradamente e se opor a ele de maneira mais eficiente.” (HARDIN, 2000, p. 31).

Figura 2: Exemplo de anotação para compreender e mudar os pensamentos automáticos negativos.

“Para que a discriminação tenha fim, as posturas das pessoas têm de mudar” (HARDIN, 2000, p. 57).

“A estereotipização possibilita a marginalização das minorias ou de subgrupos, permitindo que a maioria dissemine informações incorretas a respeito deles, o que garante a manutenção das posturas e atitudes opressivas” (HARDIN, 2000, p. 61).

“[…] você não é uma esponja que suga o líquido ao seu redor sem filtrá-lo. Você tem a habilidade de avaliar os valores que a cultura ao seu redor coloca como verdades absolutas” (HARDIN, 2000, p. 63).

“[…] as autoridades precisam realizar um esforço considerável de distorção da lógica e da história para justificar a perseguição a adultos que desejam de livro e espontânea vontade entrar numa relação mutuamente satisfatória e íntegra” (HARDIN, 2000, p. 63).

“[…] heterossexistas podem e certamente baseiam com frequência as suas decisões de voto e crenças na sua postura de que “os heterossexuais são superiores”” (HARDIN, 2000, p. 64).

“O termo heterocentrismo baseia-se no termo egocentrismo, que se refere a uma visão de mundo em que tudo na vida de uma pessoa deve girar ao seu redor. Os egocêntricos tendem a enfocar as suas próprias necessidades antes das necessidades dos outros. Por vezes nem sequer reconhecem as necessidades alheias, não compreendendo que ao se voltar exclusivamente a si mesmo acabam privando ou prejudicando outras pessoas. O heterocentrismo refere-se, portanto, à visão de que a heterossexualidade é tudo o que existe” (HARDIN, 2000, p. 65).

“Heterocêntricos, por exemplo, não reconhecem relacionamentos homossexuais tratando parceiros como amigos próximos e não como cônjuges” (HARDIN, 2000, p. 65).

“Os heterocêntricos podem não ter a intenção de ser nocivos, simplesmente não conseguem enxergar além dos seus próprios valores e experiências” (HARDIN, 2000, p. 65).

“Os heterocêntricos podem ser tão discriminadores quanto os heterossexistas no seu não-reconhecimento das necessidades da comunidade gay ou lésbica, o que se deve provavelmente à auto absorção e não a uma explícita necessidades de domínio” (HARDIN, 2000, p. 65).

“O que é a moralidade numa determinada época ou lugar? É aquilo de que a maioria nessa época e nesse lugar gosta, e a imoralidade é do que ela não gosta” (WHITEHEAD, Alfred North apud HARDIN, 2000, p. 76).

“Em alguns casos, ceder à ciência é uma ameaça de desmistificar as crenças que serviriam para fortalecer o poder da religião na sociedade” (HARDIN, 2000, p. 85).

“É impossível ignorar o medo que os líderes religiosos devem sentir ao perceber que um ritual antigo está sendo desafiado [pois] a sua própria existência profissional está ameaçada” (HARDIN, 2000, p. 85).

“Eles [os líderes religiosos], porém, também devem ser vistos pelo que são: sustentáculos de uma tradição, professores de crenças e encorajadores da fé, bem como seres humanos que têm as suas próprias necessidades, conflitos interiores e sentimentos [além de interesses crédulos e medos]” (HARDIN, 2000, p. 85).

“[…] provavelmente você já ouviu a frase: “Ame o pecador e odeio o pecado”, usada por alguns líderes religiosos de direita. Essa distinção é um artifício que implica que, de alguma forma, a atividade sexual consensual entre adultos equivale a um assassinato ou a um estrupo. Uma variação dessa afirmação feita mais recentemente por alguns extremistas políticos abranda um pouco essa retórica: “Ame o pecador, mas tenha em mente que os seus atos são uma doença (ou vício) que tem de ser tratada”” (HARDIN, 2000, p. 187).

“É você quem deve escolher quem amar, e não alguém que não é gay ou lésbica ou que tem as suas ideias próprias a respeito do que é certo ou errado” (HARDIN, 2000, p. 187).

“A sociedade é o problema, não a sua sexualidade” (HARDIN, 2000, p. 188).

“Existem muitos caminhos espirituais e sistemas religiosos, só que alguns deles são antigays e homofóbicos. Existem vários outros sistemas de crenças que são positivos em relação aos gays e ninguém detém o monopólio de Deus, nem da espiritualidade” (HARDIN, 2000, p. 188).

“Você é perfeito na sua imperfeição. Ninguém é perfeito, de maneira que, quando você comete erros, está desfrutando de uma conexão comum a todos os seres humanos” (HARDIN, 2000, p. 188).

“[Estabeleça uma nova atitude consigo mesmo, uma] que encoraja em vez de desmotivar, que perdoa em vez de condenar e que respeita em vez de censurar” (HARDIN, 2000, p. 194).

“A sua nova voz (ou diálogo interior) é respeitosa, sábia e compreensiva, tem uma paciência infinita e acredita no seu valor absoluto para o mundo” (HARDIN, 2000, p. 195).

“Você pode começar hoje mesmo, ao não julgar quando tiver sentimentos, mas prestar atenção a eles, honrando-os e usando-os para ajuda-lo a decidir o que fazer em determinadas situações” (HARDIN, 2000, p. 198).

“Vida Saudável: Comida/ar/água; trabalho/metas; sexo; espiritualidade; amor/relacionamentos; exercícios; lazer/riso; e sono/descanso” (HARDIN, 2000, p. 206).

Sumário do Livro

Parte I – Origens: como a sua autoestima foi influenciada

1. O que é exatamente a auto-estima
2. O que você aprendeu com sua família
3. Mensagens inescapáveis: mídia, cultura e política
4. Mensagens de fé: autoridades religiosas
5. Escola, amigos e outras influências

Parte II – Escolhas: auto-estima no dia-a-dia

6. Sua carreira
7. Relacionamentos
8. Estilo de vida

Parte III – Cura: como melhorar a auto-estima

9. Entrando em contato com os sentimentos
10. Modificando o diálogo interior
11. Auto-conhecimento e perdão
12. Espiritualidade
13. Como escolher um terapeuta
14. Crescimento e mudança

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Referências

HARDIN, Kimeron N. Autoestima para Homossexuais: Um Guia para o Amor-Próprio. São Paulo: Edições GLS, 2000.

Livro Auto-Estima Para Homossexuais;

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