O suicídio simulado, uma leitura em poema

O suicídio simulado apresenta a leitura de um sentimento angustiante que sequestra a felicidade e a esperança.

Suicídio simulado

Em meio ao verde amargo, da névoa e do abandono,
A íntima matéria orgânica dissipa-se em inalcançável sono.
Alva sonhadora declinou antes do tempo,
Deixando a contragosto, todo seu alento.

Quimera é amanhecer em liberdade estridente,
Ornando com orvalho seu caminho contundente.
De vermelhos saborosos a azuis incandescentes,
Degustando labaredas de gosto reluzente.

Mnemosine voa afoita carregando feio fardo
Joga contra Melpomene com todo seu descaso,
Revela forte nevoeiro de amargo desperdiçado.
Chora o espelho em lamento pelo sonho despedaçado.

A tempestade dolorida salga a terra desflorida,
E a ave de papel, com suas dobras coloridas,
Voa longe, voa viva, para além da acolhida.

*Obra inspirada pelo simbolismo

*Mnemosine: Musa da Memória

*Melpomene: Musa da tragédia

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Mnemosine ou Mnemósine (em grego: Μνημοσύνη, transl.: Mnēmosýnē), era uma titânide que personificava a memória na mitologia grega.

A palavra “mnemônico” é derivada da palavra grega antiga μνημονικός (mnēmonikos), que significa “memória ou relacionada à memória” e está relacionada a Mnemósine (“lembrança”). Ambas as palavras são derivadas de μνήμη (mnēmē), “lembrança, memória”.

 

Melpômene (português brasileiro) ou Melpómene (português europeu) (em grego clássico: Μελπομένη; romaniz.: Melpoménê; “aquela que é melodiosa”) foi uma das nove musas da mitologia grega, as filhas de Zeus e Mnemósine. Era a musa da tragédia, apesar de seu canto alegre.

É representada com uma máscara trágica e usando botas de couro (coturnos), tradicionalmente usadas por atores trágicos. Costuma usar uma faca ou bastão em uma mão e uma máscara na outra. Na cabeça é apresentada com uma coroa de cipreste.

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