Um amor gay inesquecível

Um amor gay inesquecível narra a história de dois jovens tão apaixonados que nem a distância foi capaz de apagar o sentimento que os unia.

Um amor gay inesquecível

Flavio e Leandro começaram a estudar juntos no primeiro ano do ensino fundamental e até o final do oitavo nunca tinham se separado. Eram, portanto, os melhores amigos, aqueles que são realmente inseparáveis.

Descobriram a sexualidade juntos, tão juntos que um era a atração do outro. Passaram a adolescência transando entre si sem envolverem mais ninguém nessa relação.

Ao final do ensino médio, o pai de Flavio recebeu uma oportunidade de trabalhar na matriz da empresa na Alemanha.

Foi algo que mexeu muito com os dois e Flavio até cogitou a ideia de permanecer no Brasil, mas não houve acordo, já que sua mãe também iria e o período de permanência era indeterminado.

“Meu amor eu vou, mas antes que você me esqueça eu volto” – Foi a última frase de Flavio na melancólica despedida dos dois.

No início até mantiveram algum contato, mas a comunicação a essa distância no final da década de noventa não era fácil como nos dias de hoje e o tempo encarregou-se de diminuir as conversas e aumentar a distância.

Os pais de Leandro começaram a frequentar uma igreja evangélica e, diante muita insistência, ele cedeu a uma visita e outra à igreja. Quando percebeu era membro batizado e com cargo entre os jovens.

Por ser um rapaz atraente, nunca lhe faltaram moças querendo roubar seu coração, que insistia em pulsar por Flavio por mais que agora ele achasse aquela relação impossível e pecaminosa.

Com tantas investidas e por ajuda dos pais que tinham certo interesse no namoro dele com a filha do líder da igreja, Leandro cedeu à pressão e começou a namorar Alessandra.

Após um ano de namoro o casamento já estava marcado. A cerimônia civil e religiosa aconteceria em uma chácara no final da tarde de um sábado.

Todos estavam ansiosos e empolgados com o casamento. A notícia nos últimos dias não saia das redes sociais dos noivos, familiares e amigos.

No dia do casamento, Leandro chegou ao local levado pelo padrinho. Pelo cronograma da festa a noiva deveria chegar meia hora depois.

Ao chegarem, notaram um carro caro estacionado perto da entrada.

“De quem será esse carro?” – Questionou Leandro.

“Não conheço ninguém que tenha poder aquisitivo para manter um destes.”

“Nem eu.”

Quando Leandro desceu a porta do automóvel se abriu e dele, tão elegante quanto ele, desceu Flavio.

“Acho que cheguei minutos antes de você me esquecer” – disse Flavio com o semblante bem abatido.

Leandro começou a tremer, sentiu falta de ar e achou que fosse desmaiar.

“Por favor, entra aqui e conversa comigo. Prometo que não levará mais que cinco minutos”.

Sem responder nada e deixando a todos os convidados com uma curiosos e confusos, Leandro entrou no carro misterioso e fechou a porta.

“Você está certo do que está fazendo? Você realmente me esqueceu?”

“Minha vida é outra, não tem mais nada a ver com aquela história. A gente não teve mais contato, eu não tinha mais notícias de você.”

“Mas sempre tive notícias suas e por isso estou aqui. Se você esqueceu toda nossa história e realmente quer casar com ela, eu vou embora para sempre. Mas se houver uma dúvida, por menor que seja, vamos embora comigo agora.”

Leandro abaixou a cabeça. É claro que ele queria sumir dali naquele momento, mas pensava na família, em todos os amigos, na religião e em tantas outras coisas.

Flavio percebeu que a cabeça de seu eterno amor estava um turbilhão e resolveu ajuda-lo. Levantou seu queixo com uma mão e com a outra envolveu seu pescoço e o beijou.

O beijo começou suave e pegou fogo como nos velhos tempos.

Estava claro para Leandro que não era o casamento com uma mulher que o faria feliz e que, mais dia menos dia, aquele casamento acabaria junto com o respeito da família e os dogmas religiosos.

“Liga este carro e fuja daqui antes que eu caia em mim novamente”

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