A importância da terapia para saúde

A terapia para pessoas LGBTs pode ser uma boa alternativa para lidar com sentimentos e pensamentos dolorosos que pode nos acometer, seja pelas tratativas do nosso passado, seja pelo comportamento social atual com preconceito, violência e perseguição contra nossa comunidade.

Claro que a terapia, assim como qualquer outro tipo de tratamento, não é necessariamente universal e poderá haver pessoas que não desejam ou mesmo não se adaptam a essa abordagem de tratamento e preferem procurar outras opções.

Talvez o mais importante seja estarmos conscientes das nossas dores e dificuldades e procurarmos apoio e ajuda sempre que possível, para superarmos as coisas que podem tornar as nossas vidas menos que satisfatórias.

Por que a terapia para pessoas LGBTs

Um dos motivos para nos apoiarmos nesses tratamentos terapêuticos é que a dor pode nos cegar para possibilidades e dar a sensação que não existe solução para nossa situação, isso porque quando as pessoas procuram terapia,

tipicamente chegam em sofrimento, sentindo-se paralisadas, não tendo escolhas ou liberdade de ação em suas vidas […] não é que o mundo seja tão limitado ou que não haja escolhas, mas que essas pessoas bloqueiam a si mesmas de ver essas opções e possibilidades” (BANDLER, GRINDER, 2015, p. 34)

O processo terapêutico ajuda, então, a abrir nossa mente para um quadro mais amplo, nos ajudando a enxergar opções ou mesmo compreender alguma autossabotagem que possamos estar criando para nós mesmos por causa de agressões que sofremos, por exemplo.

Exemplificando: por meio da terapia falada um profissional da terapia ajuda ao escutar e fazer perguntas para gente, nos levando a pensar sobre as situações, pensamentos e sentimentos que possam estar nos afetando.

Quem pode aplicar terapia

A terapia é aplicada por um psicoterapeuta, ou simplesmente terapeuta, que “é uma pessoa que trata de distúrbios mentais ou que aplica técnicas comportamentais ou psicológicas nos clientes para ajudá-los” (HARDIN, 2000, p.215)

Basicamente existem duas especializações para uma pessoa psicoterapeuta:

Os Psiquiatras: São médicos que frequentaram um curso superior de medicina e têm especialização em psiquiatria. Atualmente esses profissionais costumam fazer uma consulta com a pessoa, receitar os medicamentos e acompanhar de tempos em tempos para fazer ajustes na medicação, apesar de poderem também fazer uma terapia com maior frequência se necessário.

Os Psicólogos: São profissionais que se graduaram em psicologia, mas não tem treinamento médico e, por isso, não podem prescrever medicamentos. Esses profissionais se reúnem de tempos em tempos com a pessoa e conversam ou trabalham juntos em diversos assuntos para identificar causas e efeitos que precisam ser trabalhadas.

Se decidir procurar um profissional para te ajudar, lembre de investigar se esse profissional é certificado e encontre o estilo que mais fizer sentido para você.

Existem vários estilos, modelos e estruturas para a terapia, nem todos vão funcionar para todos nós.

Alguns exemplos de abordagens terapêuticas:

  • Terapia Behaviorista.
  • Terapia Cognitivo Comportamental.
  • Terapia Cognitivo Construtivista.
  • Terapia Corporal Reichiana.
  • Terapia Humanista.
  • Terapia Junguiana.
  • Terapia Lacaniana.
  • Terapia Psicanalítica de Freud.
  • E outras.

Benefícios da terapia para pessoas LGBTs

Existem diversos benefícios da terapia nas nossas vidas, alguns deles são:

  • Ampliar seu autoconhecimento.
  • Aprender a lidar de forma mais saudável com nossos sentimentos e pensamentos.
  • Auxiliar no tratamento de transtornos como a depressão, ansiedade, fobias, transtornos alimentares, bipolar, entre outros.
  • Melhorar seu relacionamento com as pessoas a sua volta.
  • Recuperar seu bem-estar emocional após um abalo forte como a perda de um ente querido ou término de um relacionamento.
  • Entre outros.

Mas lembre-se que para a terapia funcionar é necessário manter frequência, estar aberto ao tratamento e ser sincero com você mesmo e com o profissional que escolher.

E ter me mente que a terapia não vai te dizer o que você tem que fazer, mas sim mostrar qual caminho você quer seguir através de questionamentos e provocações guiadas por um profissional.

Referências

BANDLER, Richard; GRINDER, John. A estrutura da magia: um livro sobre linguagem e terapia. Rio de Janeiro: LTC, 2015.

HARDIN, Kimeron N. Autoestima para Homossexuais: Um Guia para o Amor-Próprio. São Paulo: Edições GLS, 2000.

Eizirik CL, Hauck S. Psicanálise e Psicoterapia e Orientação Analítica. In: Cordioli AV, editor. Psicoterapias: abordagens atuais. 3 ed. Porto Alegre: Artmed; 2008. p.151-66.

Cordioli AV. As principais psicoterapias: fundamentos teóricos, técnicas, indicações e contra-indicações. In: Cordioli AV, editor. Psicoterapias: abordagens atuais. 3 ed. Porto Alegre: Artmed; 2008. p.19-41.

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