Empatia: será que ainda conseguimos ser empáticos com aquilo que difere de nós?

Empatia: Será que ainda conseguimos ser empáticos com aquilo que difere de nós nesse mundo onde ouvir o outro parecer ser um erro?

Partindo dessa pergunta vários pensamentos, teorias e dúvidas surgem e vão ganhando formas nesse episódio do podcast.

Como alguém que trabalha com esse recurso, o assunto discorre e abraça diversos aspectos da vida, do trabalho ao campo social.

Seja nas emoções com nossos amigos e familiares, com os amores, com colegas de trabalho ou com clientes, a questão vai girando em torno de como estamos usando esse recurso para ver e entender o caráter humano das pessoas que nos cercam.

Em mundo onde a política joga grupos em dois extremos e tudo que difere da visão de um grupo serve como desculpa para ver o outro como verdadeiro monstro e inimigo a ser eliminado, essa pergunta parece se tornar ainda mais importante.

E até mesmo questionamentos de onde não oferecer empatia, afinal será que devemos oferecê-la para tudo e para todos?

E se eu particularmente não estou disposto a oferecer empatia de forma irrestrita o que isso pode significar em um contexto amplo?

E confesso de antemão que não ofereço empatia para aquilo que desafia meus valores pessoais, ou seja, qualquer discurso que fomente ódio, intolerância e até o assassinato de outros, não tem de mim a empatia.

Eu delineei claramente os limites da minha empatia, paciência e até tolerância.

Em um mundo livre, discursos que promovem o silenciamento de outros por simplesmente terem visões diferentes não me parece nem um pouco aceitável.

Nesse caso, para mim, vale a intolerância e a falta de empatia.

O respeito é algo que todos querem, mesmo às vezes fingindo completa amnésia quando é sua vez de respeitar os outros num discurso vicioso “onde tudo cobro e nada ofereço”.

Então, aos intolerantes, intolerância, pois a minha empatia não é irrestrita.

Mas como muitos, sou sim capaz de oferecer empatia para discursos que, dentro do respeito, do que é saudável e justo, diferem da minha própria visão de mundo.

Claro que como muitas das nossas habilidades é algo que precisa ser treinado constantemente para não ficar atrofiado, eu mesmo procuro ouvir pontos de vista diferentes dos meus (reforçando, dentro de um campo de respeito sempre).

Portanto aconselharia: treine a empatia, mas conheça o limite de para quem e para o que oferecer essa preciosa habilidade.

Referências

RSA Short: Brené Brown on Empathy;

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