Músicos e Nova York: Artistas que são a cara da cidade

Músicos e Nova York reúne alguns artistas que são a cara da cidade, famosa pelas oportunidades para o brilho e para fracassos dramáticos. 

A cidade que foi o reduto do jazz, que presenciou o nascimento do Hip-hop, que deu voz à artistas independentes, que mostrou o que havia de melhor no underground, que levanta e destrói carreiras, está pronta a mostrar que o que há de melhor (quase sempre) acontece primeiro aqui pra depois acontecer no mundo.

E aqui estão alguns artistas que encontraram sua voz em NYC.

Não há uma ordem de preferência, ou importância, e nem todos os artistas aqui citados são originais de Nova York, mas todos têm a cara da grande maçã e realizaram alguns de seus melhores trabalhos na cidade que nunca dorme.

Lady Gaga

Como todo popstar, Stefani Germanotta, conhecida pelo nome artístico Lady Gaga, tem seus admiradores e tem seus críticos. Tem seus triunfos e tem seus fracassos. Mas nada tira o lugar dessa típica Nova-iorquina da História da música, onde com irreverência e estilo, além de uma voz potente, conseguiu conquistar o seu lugar no disputado mercado da música. E ela não desiste tão fácil de seus objetivos: “Eu sou de Nova York; sou capaz de matar pra conseguir o que eu quero!”
 
50 Cent

Nascido em Jamaica, no Queens, Curtis Jackson III sabe como a vida é dura na cidade grande e quase viu sua vida afundar quando começou a revender drogas. Ao iniciar a carreira de rapper, ainda devendo dinheiro a traficantes, 50 Cent foi baleado nove vezes, mas sobreviveu. Seu álbum ‘Get rich or die trying’ vendeu mais de 13 milhões de cópias. “As paredes têm ouvidos, neguinho: Eu mando em Nova York!”
 
Blondie

A banda liderada por Debbie Harry foi pioneira do new wave e punk, sendo uma das melhores representações do que significou a cena underground de Nova York. Enquanto alguns críticos apontavam a banda como muito ‘agressiva’ pra fazer sucesso, a revista Rolling Stone apontou o grupo como uma das mais ecléticas dos anos 70. “Nova York é um reflexo de toda música e arte criada aqui” – Debbie Harry.
 
Sonic Youth

A banda de rock alternativo que alcançou sucesso nos anos 80 deve a Nova York muito de sua influência New Wave. O primeiro álbum não fez muito sucesso entre os críticos, mas depois do lançamento do segundo álbum, ‘Confusion is sex’, e do bom recebimento da música na Europa, os EUA se renderam a essa banda que saiu dos porões de Manhattan para o mundo. Thurston Moore falou sobre o início de grupo: “Eu estava em Manhattan para estudar arte, mas eu também queria experimentar com a música. A coisa boa disso tudo é que podíamos realmente experimentar, pois tradição não é necessária para a criação.”
 
Jay-Z

Rapper, compositor, produtor, Jay-Z é um dos músicos mais bem sucedidos da História. Morador do bairro barra pesada Bed-Stuy, Shawn Carter lembra como a cidade influenciou sua vida e seu nome artístico. J e Z são as linhas de metrô utilizadas para chegar a zona do Brooklyn onde o rapper cresceu. Um dos seus maiores méritos foi conseguir não ter a carreira ofuscada pela esposa, a também bem sucedida Beyonce. “Você está em Nova York, selva de pedra onde os sonhos são feitos. Não há nada que você possa fazer. As ruas vão te fazer se sentir novo, as luzes vão te inspirar…”

 

Jennifer Lopez

Cantora, atriz e apresentadora de sucesso, J-Lo cresceu no Bronx altamente influenciada pelo Hip-hop e por suas raízes Porto-riquenhas. Descoberta nos clubes de Manhattan, a carreira de cantora veio após o sucesso como dançarina dos New Kids on the Block e Janet Jackson. “Eu sempre quis ser cantora, atriz, dançarina… Nova York me ensinou a lidar com minhas imperfeições e usa-las a meu favor.'”

 

Moby

Cantor, músico, DJ, Moby se destacou no mercado da música eletrônica que o levou ao sucesso ao patamar de um dos profissionais mais requisitados da área. “Eu aprendi nesse lugar os efeitos que drogas como o Ecstasy têm nas pessoas. Inicialmente tudo parece muito bom, mas depois a pessoa se torna uma concha vazia, com uma aura de escuridão em volta dela.”

 
Vampire Weekend
 
 

A banda de Rock Indie nasceu e encontrou seu reconhecimento em Nova York em 2006. Numa época em que a música pop e o Hip-hop dominam as paradas de sucesso, o grupo obteve grande êxito com seus três álbuns de estúdio, ganhando, inclusive, o Grammy. “Há coisas boas acontecendo tanto em Nova York quanto em Los Angeles. As duas cidades se completam por serem dois lados da mesma moeda”.

 
The Strokes
 

Com uma mistura de rock alternativo e algo que parecer ser um revival do Punk Rock, The Strokes foi uma ‘brincadeira’ entre amigos que deu certo. Saída da casa dos amigos Julian Casablancas, Nick Valensi e Fab Moreti, a banda começou se apresentando em clubes do Lower East Side e logo conquistou uma legião de fãs. Os cinco álbuns da banda consolidaram seu sucesso internacional e lhe deram reconhecimento da crítica. “Nossa base principal de fãs está em Nova York, então esse será sempre o lugar onde vamos nos reunir!”

 
Nicki Minaj

Experimentando o que a cidade tem de melhor e pior a oferecer, Onika Maraj passou de tudo um pouco desde a mudança de Trindade e Tobago para os subúrbios do Queens. Tentou ser atriz na Broadway, passou por trabalhos de garçonete e telemarketing, até resolver se entregar de vez ao rap underground que lhe deu a voz necessária para se destacar dos demais como Nicki Minaj. “Posso me considerar rei e rainha de Nova York, já que vim de baixo e aqui estou, com números 1 em vários países!”

 
Wynton Marsalis
 
 

Hoje diretor do Jazz no Lincoln Center, esse trompetista e compositor foi o primeiro a conquistar o prêmio Pulitzer de música. Quando se mudou para Nova York em 1979 para frequentar a famosa escola Julliard, Marsalis não imaginaria o poder que o fluxo da cidade teria sobre sua música, o tornando uma das lendas vivas do Jazz. “A cidade me mostrou quando eu cheguei que eu poderia não ser apenas mais um. Bastava confiar no que eu tinha a oferecer. Eu tinha muitos ídolos, mas eu queria ir além do que eles foram…”

 
Beastie Boys
 

Uma das maiores referencias de bandas nascidas em Nova York, o Beastie Boys alcançou um sucesso inesperado ao mistura hardcore, punk, rap e Hip-hop em suas canções. Seus álbuns são ainda hoje referenciais para a música, mesmo que seus maiores sucessos estejam nos anos 80 e 90. “Não esperávamos  todo o sucesso que conquistamos em Nova York. Éramos apenas garotos brincando e experimentando com a música.”

 
Frank Sinatra
 
 

À época de sua morte, a “cidade que nunca dorme” ficou de luto. O Empire States Building ficou todo iluminado em azul para homenagear os olhos daquele que melhor cantou a cidade. Cantor e ator de sucesso, Sinatra colecionou prêmios como Grammys e um Oscar por sua atuação. As polêmicas em sua vida pessoal nunca foram o suficiente para apagar a imagem que os fãs tinham de um artista até hoje insuperável, que cantou sobre a cidade que o recebeu: “Se você é capaz de vencer aqui, você pode vencer em qualquer lugar…”

 
Thelonios Monk
 
 

Jazzista de sucesso, Monk começou a tocar piano aos seis anos de idade quando sua família se mudou para Nova York. Apesar de nunca ter se formado, foi aceito em escolas como a Julliard. Foi o Jazz que o chamou para a noite de Manhattan e seu estilo foi lapidado em “disputas” com outros jazzistas da época. “Não tinha porque ficar numa escola quando eu estava em Nova York e tudo estava acontecendo lá fora!”

 
Madonna

Quando chegou a Nova York, então com 19 anos e 37 dólares no bolso, Madonna queria ser sucesso, só não sabia ainda como conseguiria isso. Tentou ser dançarina, backing vocal, mas estava destinada mesmo ao estrelato como cantora. “Em Nova York não se pode ser inocente. Você tem que usar mais do que é usada, senão você é devorada viva. Todo homem que eu usei pra chegar onde cheguei me ama, pois sabe que de alguma forma eu o amei também.”

 
Ella Fitzgerald
 
 
Ela nunca quis cantar profissionalmente, pois era extremamente tímida para o palco. Após perder uma aposta com suas amigas, teve que ir ao Apollo Theater, no Harlem, participar de um concurso de onde saiu com o primeiro prêmio. Foi apenas o início de uma carreira de sucesso, com mais de 50 álbuns, onde conquistou audiências com sua voz intensa. “Uma hora você está se apresentando por acaso em um clube no Harlem e tudo começa a acontecer. Eu estava lá pra dançar, mas ao subir no placo mal conseguia me mover.  Então alguém me disse: quando estiver no palco, faça alguma coisa. E eu fiz.”
 

John Lennon

 

O cantor que ficou famoso com sua banda, os Beatles, escolheu a Grande Maçã como seu refúgio. No Dakota, prédio com vista para o Central Park, John escreveu alguns de seus mais memoráveis sucessos como ‘Imagine’. Roberta Flack, então vizinha do cantor, ouviu John compondo a canção que seria emblemática em sua vida. Nova York foi o lugar em que John foi assassinado e onde está seu memorial, bem em frente ao prédio onde morou seus últimos anos. Suas cinzas, aliás, foram espalhados pelo parque pelo sua viúva, Yoko Ono, respeitando seu desejo final. Sobre o porquê da mudança para Nova York, o ex-Beatle respondeu: “Se eu vivesse no Império Romano, gostaria de morar em Roma. Hoje Nova York é Roma, onde tudo acontece!”

 
Cole Porter
 
 

De família rica e sem necessidade de “um trabalho de verdade”, Cole Porter pôde se dedicar à uma vida de luxos em Manhattan, onde sua música foi aceita e se tornou sucesso. Com composições inesquecíveis para o teatro, televisão e cinema, Porter se tornou um nome reconhecido em todo o mundo. Entre seu maiores sucessos estão ‘Kiss me, Kate!’ e ‘Anything goes’.

 
Billie Holiday
 
 

Filha de uma prostituta, Billie Holiday sequer sonhava com o sucesso como cantora. Tudo o que ela queria era dinheiro para ter o que comer e por isso começou a cantar nos clubes da cidade. Logo as pessoas viram que a voz daquela mulher tinha algo incomum, algo que provocava emoções. E foi assim que Billie alcançou o estrelato. “Estava frio, eu andava pelo Harlem morrendo de fome. Entrei em um clube pra pedir emprego. Perguntaram se eu dançava, eu tentei dançar, mas era horrível. Então comecei a cantar e todos no clube se viraram pra me ver. Algumas estavam chorando. Jerry Preston veio até mim e disse: Garota, o emprego é seu!”

 
Suzanne Vega

Quando se mudou para Nova York para estudar dança moderna, essa cantora e compositora da California sabia onde queria chegar. Descoberta nos clubes de Greenwich Village, onde se apresentava, Suzanne Vega é uma das primeiras representantes da música Folk, estilo que se tornaria popular. “Nova York significou uma libertação para o meu lado feminino. Isso estava no meu trabalho desde o começo!”

 
Velvet Underground
 

Um dos grupos mais influentes dos anos 60, a banda de rock fundada por Lou Reed e John Cale alcançou sua fama em parte pela assistência de Andy Warhol. O visionário levou a banda para tocar em seu clube e eventos e, somados as letras provocativas, transformou a banda numa das mais importantes da História da música.

 
Cyndi Lauper
 
 

Numa época em que os críticos chegaram a apontar a cantora como a mais fadada ao sucesso, a despeito de Madonna, Cyndi resolveu seguir por um caminho diferente da rival. Se não a colocou no mesmo nível de sucesso, pelo menos Cyndi mostrou em canções como ‘Girls just want to have fun’ e ‘True Colors’ que tem potencial para viver para sempre na música. Além de cantora, Cyndi é também atriz e compositora tendo seu musical, ‘Kinky boots’, na Broadway transformado em um sucesso. “Quando gravei meu primeiro álbum eu era uma menina de Nova York que estava onde queria e sabia o que estava fazendo. Não sei se as meninas de hoje em dia sabem o que estão fazendo.”

 
Mary J. Blidge
 
 

Ganhadora de 9 Grammy em sua carreira e dona de uma voz marcante, Mary J. Blidge, nascida no Bronx, sabia que queria música em sua vida desde pequena. Seus álbuns refletem uma mistura de Soul e R&B, com uma pitada de Hip-hop. Além de cantora, Blidge é ainda atriz. “Não sei como seria em outro lugar, mas Nova York é a cidade das oportunidades. Basta saber onde elas estão e ir atrás delas!”

 
Barbra Streisand
 
 

Uma beleza exótica e dona de uma potente voz, Barbra, uma garota do Brooklyn, alcançou todo o sucesso que esperava na vida. Começou a cantar ainda adolescente em clubes e a participar de produções pequenas no teatro, que a levaram para uma carreira premiada no teatro, cinema e na música. “Eu amo o Brooklyn, sempre vou amar. Mas Barbara, com um terceiro A, lembra a menina que eu não sou mais. Por que não mudar? Por que ser a mesma todo dia? Tive 19 anos de Barbara, mas agora sou a Barbra”.

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