Homem ideal: Como seria um alguém para você compartilhar sua história?

Homem ideal, afinal como seria um alguém para você compartilhar sua história? E, afinal, o que significa ser ideal?

Me lembro que quando na adolescência eu desenhava meu homem ideal como um cara alto, malhado, bonito e rico.

Não poderia ser mais lugar-comum com minha definição do que seria um parceiro para compartilhar minha vida.

Hoje, já passado dos trinta e pouco, percebo o quanto isso mudou.

Não é o corpo malhado, a beleza de dar inveja ou a independência financeira capaz de pagar aquela viagem internacional que aparecem como algo de valor.

Primeiro, por que eu percebi a obviedade de que eu posso conseguir essas coisas por mim mesmo.

Segundo, por que boa parte disso tem pouco valor no dia a dia.

Não demora para gente perceber que o valor real que alguém pode trazer para nossa vida é o companheirismo e o respeito pelo que somos.

Hoje, se fosse descrever essa pessoa ideal, usaria como definição “um cara gente boa e humilde, que me respeite e me admire por quem eu sou”.

Atualmente é importante eu saber que a pessoa com quem eu vou compartilhar parte da minha vida seja capaz de circular entre os vários grupos sociais em que estou inserido com simplicidade e respeito.

Minha família tem um jeito, meus amigos têm outro jeito e até minha cachorra tem o perfil dela.

Saber que vou estar com alguém capaz de me acompanhar e lidar com esses diferentes perfis é o que aparece como algo mais importante para mim nessa fase.

Pensando nisso, eu mesmo venho tentando me dedicar a também circular entre vários grupos com a mesma simplicidade e humildade que sinto falta.

E digo que sinto falta, por que nos encontros que tive com outros homens não esbarrei em alguém com esse comportamento mais inclusivo e simples, pelo menos não ainda.

Muitas desses encontros são inundados de conversas que circulam entre corpos ideais, amizades importantes e recursos financeiros e posses.

E na verdade o que eu gostaria mesmo de falar é sobre as séries bobas que eu vejo na tevê, minhas escorregadas na vida, ou a última coisa que derrubei na roupa (que aliás foi café em uma calça clara durante um almoço de trabalho!).

Ao tentar puxar esse tipo de conversa, elas não seguem, por que no fim, nesses momentos estamos tentando vender um alguém maravilhoso e perfeito que não existe.

A grande questão é perceber que estou um pouco cansado de esperar esses momentos passarem, para talvez encontrar alguém simples e gente boa além dessa primeira camada.

Isso, claro, quando não é perceptível logo de cara que não vão ter mais camadas além da primeira.

Contudo, o mais interessante é perceber como as coisas vão mudando conforme nossa vida passa, e o que era atraente antes, deixa de ter importância.

Parece que a gente vai se descobrindo, se reinventando e (re)priorizando as coisas que nos cercam a cada ano vivido e com as coisas que aprendemos nele.

Mesmo assim, sigo sempre na fé de esbarrar com coisas boas a cada esquina, quem sabe compartilhar histórias bobas com alguém que apenas quer dar umas boas risadas sem ter que impressionar por seus contatos, dinheiro ou seu corpo.

E para você? Como seria um homem legal para o seu atual momento de vida?

Referências
Imagem por Citrushome

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