Humanos baratos tornam androides desnecessários

Humanos baratos tornam androides desnecessários, afinal para que gastar tanto dinheiro para criar algo já tão acessível para alguns?

Talvez depois do escândalo do caso de Saul Klein, herdeiro da fortuna das Casas Bahia, que por mil reais explorava, humilhava e violentava mulheres pobres, esse pensamento se torne ainda mais atual.

Na série West World da HBO, e no filme de mesmo nome, androides humanoides de altíssima fidelidade vivem em cenários criados para dar prazer para pessoas muito ricas.

Na fantasia de ficção científica esses robôs de representação impecável eram abusados, humilhados, violentados e assassinados ao simples desejo dessa gente rica e seus desejos inumanos.

Mas a realidade é que humanos já são baratos, nosso sistema trabalha para isso, para que os poucos quem têm muito realizem qualquer desejo, qualquer ação, violem leis e saiam impunes.

Temos o jogador de futebol que mata uma mulher e depois retorna aos jogos para ser herói de muitos, o outro que comete estupro coletivo e é contratado por milhões por um time de futebol e mais recentemente o empresário que violenta mulheres em troca de poucos reais e sai impune por seu privilégio rico e branco.

Os limites extrapolados por essa gente rica e cruel não conhece limites, e em seu plano maquiavélico ainda os vemos ocuparem cargos no governo para garantir políticas que não limitem sua libertinagem.

E ainda vem acompanhado por discursos moralistas, afinal ninguém pode ser mais cruel e podre que o paladino do nosso tempo.

No discurso e na aparência se extrapolam a moralidade, a preocupação com a família e em “salvar as criancinhas”.

Na realidade, abusos, estupros, violência e corrupção.

Assim vem o deputado da moralidade descoberto em casos terríveis de violência e assédio, o presidente religioso sendo o mais corrupto dos políticos e o senador da família pego com quilos de cocaína.

E com isso fica cada vez mais claro que discurso moral do nosso tempo é sujo, mentiroso, falso, vil e interesseiro.

Enquanto seguimos enganados, distraídos por fantasias e programas onde a humilhação é o mote, vamos sendo mantidos como humanos baratos e acessíveis, brinquedos para quem tem dinheiro.

Brinquedos tão baratos na miséria que nossa política fingida de bons costumes alimenta que torna desnecessário qualquer investimento em robôs humanoides.

Afinal quem poderia pagar por essa diversão cara não precisa de parques repletos de androides, pois o parque deles já é nossa realidade e os androides já somos nós.

Referências

*Imagens de reprodução de outros sites.

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