Vote LGBT + faz parte de um movimento social que nos ajuda e nos lembra da importância de escolhermos candidatos que nos representem.
Só assim garantiremos a presença de pessoas capazes de debater leis e ações que levem em consideração nossas necessidades e pontos de vista.
E isso não só para temas especÃficos, mas também para temas gerais como segurança pública, saúde e educação.
Afinal, como um homem branco, heterossexual e rico poderá entender suficiente as particularidades e as necessidades de uma mulher negra, homossexual e pobre para definir um plano de saúde pública que a inclua plenamente?
Dentro do conceito de democracia, a melhor maneira para isso é ter uma mulher negra, homossexual e pobre presente nos debates sobre a saúde pública e votando em cada lei ou ação que se crie nesse campo.
Esse é o conceito básico de democracia representativa que hoje é usada no Brasil.
Contudo tem sido comum discursos de que não é necessário votar em uma pessoa igual a nós para ocupar um cargo no governo, afinal alguns temas seriam mais globais.
Mas isso não é verdade.
Veja por exemplo a segurança pública que, apesar de ser um tema de todos, precisa ser debatida sob olhares diferentes, afinal a violência sofrida pelo morador da favela não é igual a sofrida pelo morador do condomÃnio de luxo.
Entretanto se o governo for composto só por moradores do condomÃnio de luxo, qual a chance de uma lei que ajude ou proteja os moradores da favela ser aprovado ou sequer entrar em discussão no governo?
A probabilidade é minúscula, inclusive por que o conservadorismo de alguns pode colocar o outro como inimigo e acabar impedindo ou modificando propostas mais igualitárias para proteger sua própria classe.
Isso vale, por exemplo, para outras minorias como a LGBT+ que historicamente tem sido retirada da pauta ou diminuÃda em prol de visões conservadoras e religiosas que se tornaram a maioria no governo.
O resultado são iniciativas e leis que protegem só parte da população enquanto anula outras.
E como já dito, isso não só para questões particulares, mas principalmente para questões globais como a segurança pública, a saúde e a educação.
Portanto, quanto mais diverso forem os nossos representantes eleitos, maiores serão as chances de um governo que olhe para todos e todas, incluindo necessidades especÃficas em todos os assuntos, do mais genérico ao mais particular.
Ou seja, escolher um candidato LGBT+ com projetos que dialoguem conosco é garantir que teremos alguém com uma vivência igual ou parecida com a nossa agregando ainda mais valor nos debates do governo, e não só em temas especÃficos LGBT+ (se é que esses temas especÃficos existam).
Isso ajuda a termos uma educação mais igualitária, um sistema de saúde mais justo, um plano de segurança pública que contemple uma proteção mais ampla e que inclua diferentes contextos.
Portanto, cuidado ao escolher um candidato que nunca passou por nada parecido com o que você passa ou passou na sua vida, por que as chances de ele entender seu contexto e votar a seu favor são bem baixas ou mesmo nulas.
Resumindo, o caminho mais curto para você ter uma vida melhor nesse paÃs ainda é escolher cuidadosamente e conscientemente candidatos e candidatas que te representem.
Como aplicar o Vote LGBT + escolhendo candidatos que te represente
O Vote LGBT+ atualmente faz parte de um movimento maior chamado #MeRepresenta.
O movimento conta com um site onde é possÃvel encontrar candidatos e candidatas a partir de questões que são importantes para você.
A partir desses temas é possÃvel conhecer melhor as propostas e valores de cada um desses candidatos e fazer uma escolha cuidadosa.
Acesse o www.merepresenta.org.br e faça uma escolha mais consciente esse ano para não sofrer com mais quatro anos de conservadorismos e desrespeito por nossas necessidades.