Colagem digital 2020 reúne construções soltas e livres que buscam externar ou criar novos mundos e novas possibilidades de ser e existir.
Quando a realidade que nos cerca se torna apática para uma mente inquieta essa expressão permite expandir a realidade para além do visto e do real.
Nesse caminho novos formatos começam a aparecer e uma busca interna encontra novos conhecimentos que levam a um autoconhecimento, e às vezes a perda desse autoconhecimento também.
E ainda assim essa brincadeira livre provoca questões tácitas:
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- E o corpo que se esconde, pode ser revelado?
- E os mamilos tampados, podem ser expostos?
- E os dentes imperfeitos, podem ser focados?
- E as construções imperfeitas, podem ser publicadas?
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Nessa trajetória de muitas idas e vindas novas imagens vão se delineando, vão surgindo e vão se soltando.
Horas com a alegria de se encontrar um equilíbrio, horas na irritação de não ter uma forma, horas na tristeza de não ser mais “perfeito” para a composição ser incrível.
Mas afinal o que é a perfeição nesse mundo? O que o olhar nos diz sobre essa busca infundada de uma forma em equilíbrio plástico?
Pode uma pessoa se desconstruir ao se reconstruir e sem planejamento montar outras realidades paralelas?
Observe.
Colagem digital 2020: Experimentação
Mas quando a figura de si foge é hora de buscar outros recortes.
Relógios, gatos, juventude, sexo, amor, ódio, passado, futuro.
O que pode se misturar para contar à mente o que de alguma forma ela já sabe e já se alimenta?
E assim se busca construções visuais que dizem algo, que dizem tudo e que não dizem nada.
Afinal não sei por onde vou, não sei para onde vou. Sei que não vou por aí!
Deleite.
Sorrir
E a lembrança corre e encontra o lugar de onde tudo isso pode ter começado.
Dos vídeos desconstruídos, rápidos, humorísticos.
Dali surgiu a intenção, o arriscar, o desejo e claro as primeiras postagens.
Um primeiro olhar para si sem comprometimentos, livre e arriscadamente.
Um primeiro soltar de brios, de perfeições e de desequilíbrio.
Sorria.